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Mauro Cezar Pereira

Derrotar, sem convencer, e levar gols de "sparrings", a nova rotina do Fla

Mauro Cezar Pereira

28/02/2019 23h43

Domingo o Flamengo goleou o Americano: 4 a 1. O time de Campos parecia um sparring ante a cara equipe rubro-negra. A fragilidade daquele adversário ante os rapazes de Abel Braga quase inviabilizou qualquer análise. O que dizer dos 3 a 1 sobre a Portuguesa, pior time do campeonato carioca? O pessoal da Ilha do Governador entrou em campo com um ponto ganho em sete partidas e apenas um gol marcado – nos 3 a 1 sofridos diante do Fluminense.

É preciso que inventem uma palavra abaixo, numa escala de importância. Só assim o time luso terá uma definição compatível. Diante de conjunto tão modesto, o Flamengo começou pressionando, fez 1 a 0, gol de Bruno Henrique; ampliou com Gabriel Barbosa, impedido e… parou. Seria normal reduzir a intensidade, mas chamou a atenção a desorganização em alguns momentos nos quais se esperava uma equipe realmente estruturada em busca de outros gols, mesmo que mais moderadamente.

1) Renê tem a bola, mas com a Portuguesa marcando lá em cima, e Arrascaeta é a única opção de passe…

2) O uruguaio poderia tocar de primeira até Pará, que estava livre na direita, mas tentou o domínio…

3) Pressionado por dois adversários, Arrascaeta não controla a bola e é desarmado facilmente…

4) A Portuguesa define a jogada com rapidez, Douglas Eskilo aciona Partrick. O PK fuzila…

5) A Lusa marca seu segundo gol em oito partidas pelo Campeonato Carioca

A pobre Portuguesa se abria, buscava algo no ataque, os espaços se ofereciam e o Flamengo não aproveitava. Até que na metade da etapa final Renê, autor de ótimo passe para Bruno Henrique; deu mais um, e Gabigol ampliou. Vitória fácil que ficou estranha com uma pressãozinha lusa e o gol em falha grave de Arrascaeta na saída de bola (veja a sequência acima). Mas note que o time não está bem treinado para sair jogando sob pressão.

Em oito partidas pelo Campeonato Carioca, a maioria contra equipes muito fracas, o time dirigido por Abel Braga conseguiu ser vazado em quase todas! Somente a Cabofriense foi incapaz de colocar a bola nas redes rubro-negras. Se está assim frente a sparrings, imagine contra adversários de melhor nível. O Flamengo vive fundamentalmente de seus talentos individuais. Como equipe, conjunto, regride assustadoramente em relação a 2018.

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.