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Mauro Cezar Pereira

Bandeira do Flamengo na camisa do Vasco é passo que muda imagem vascaína

Mauro Cezar Pereira

14/02/2019 18h02

Camisa utilizada pelo Vasco contra o Resende na semifinal da Taça Guanabara: solidariedade ao Flamengo

O Vasco da Gama acumulou antipatia entre muitos torcedores de times diversos pelo país ao longo das últimas décadas. Reflexo da forma como foi comandado por tanto tempo. A gestão que se entranhou em São Januário fez o clube caminhar rumo à rejeição. E, claro, isso não foi nada bom.

Piorou quando a falta de dinheiro, as dívidas, efeitos colaterais daquela forma de governar, empurrou o time para posições na tabela incompatíveis com seu tamanho. Um das cinco maiores torcidas do país, com gente apaixonada pelo clube espalhada pelo Brasil, perdendo terreno aos poucos.

Hoje o Vasco da Gama não ocupa, na mídia, espaço compatível com seu tamanho e importância. Não apenas pelos momentos difíceis no futebol, mas principalmente por ter abraçado por tanto tempo uma postura que não ajudou em nada, pelo contrário, na prática o conectou ao atraso.

A revolta de pessoas dentro do clube contra a camisa negra utilizada contra o Resende exibindo a bandeira vascaína e a do maior rival tem forte viés político. Há quem tente tirar proveito da reação dos mais fanáticos para combater o presidente Alexandre Campello.

Sim, há quem queira derrubá-lo. E não são exatamente os derrotados da última eleição. O atual mandatário tem lá seus equívocos, suas idiossincrasias, mas acertou ao colocar a solidariedade acima da rivalidade, ante a tragédia sem precedente, a morte dos 10 meninos no CT rubro-negro.

Zico: pelo Vasco em 1993

Como fez Zico, o maior ídolo da história do Flamengo, ao jogar pelo Vasco, com a camisa vascaína, no jogo de despedida do seu amigo Roberto Dinamite, em 24 de março de 1993. Foi no amistoso com o Deportivo La Coruña, da Espanha, então time do atacante Bebeto.

A postura do Vasco foi gigante como sua história e sua torcida. Um passo importante no caminho da civilidade, que pode ser o primeiro na recuperação da desgastada imagem de um clube que tem uma das mais belas histórias do futebol brasileiro. Como cantam,orgulhosos, os vascaínos (abaixo).

 

 

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.